O Hospital Nove de Julho é uma tradicional instituição privada de saúde da cidade de São Paulo pertencente ao Grupo AMIL. Com cerca de 1500 colaboradores, 4000 médicos cadastrados e cerca de 900 enfermeiros, o complexo hospitalar, com uma dimensão de 27000 m², possui 310 leitos, das quais 70 estão dedicados às Unidades de Terapia Intensiva. Possui também moderno centro cirúrgico, com capacidade para 14 cirurgias simultâneas. Por mês, apresenta médias aproximadas de 8000 atendimentos urgentes e 1400 cirurgias.
Desde 2001, o hospital vem fazendo grandes investimentos na área de TI, entre eles a implantação do sistema de business intelligence (BI), da MV Sistemas, o MV 2000. Segundo Luiz Carlos Stuart, gerente de TI do hospital, até o fim daquele ano, seria concluída também a implantação do sistema PACS, para captura e transmissão de imagens médicas através da web e da intranet.
Em 2003, o hospital passou por outra transformação na TI com a solução de hotelaria da Siemens, que reduziu em 30% o tempo de espera. “À época, o hospital precisava de uma solução que ajudasse na gestão de pacientes, pois o volume de ocupação dos leitos era de aproximadamente 80%”, destaca Marta Bordin, chefe de atendimento do Hospital Nove de Julho.
Passados quase dez anos da implantação, o hospital ainda mantém a solução e continuou a investir em tecnologias nos anos seguintes para aumentar os benefícios tanto para a instituição quanto para os pacientes.
Servidores
Já em 2008, o Hospital Nove de Julho investiu cerca de R$ 500 mil na duplicação de sua estrutura de servidores e rede, pensando em futuras aplicações de TI. Foi adquirido um sistema cluster, com Oracle R.A.C., e a duplicação de todo o parque de rede do Hospital através de redundância de Swith Core e cabeamento Sytimax categoria 6 para todos os racks. O gerente informou também que existem cerca de 500 computadores interligados em rede.
O investimento mais atual do hospital é o sistema Hepic, da empresa portuguesa First Solutions, que permite monitorar e controlar todo o processo de Vigilância Epidemiológica de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) e a interoperabilidade em tempo real com os Sistemas de Informação das Unidades de Saúde, do Laboratório de Microbiologia, Farmácia, Urgência e HIS (Hospital Information System). A solução foi descoberta pelo hospital durante a feira Hospitalar 2010, onde a First apareceu pela primeira vez como expositora, iniciando seus negócios no Brasil.
Luis Carlos Stuart explica que todo hospital tem uma unidade de controle de infecção hospitalar, responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde, o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc. É exatamente esse setor que utiliza a solução.
“Essa unidade tem o objetivo não somente de prevenir e combater a infecção hospitalar, beneficiando dessa maneira toda a população assistida, mas também de proteger o hospital e o corpo clínico. Antes utilizávamos aplicações próprias, mas que não tinham capacidade para fazer a gestão de todo sistema”, diz, adicionando que não foram necessárias alterações no parque de informática do hospital, que já vem recebendo melhorias desde 2001.
Das funcionalidades disponibilizadas, personalizadas pelo hospital, destacam-se o monitoramento em tempo real do Laboratório de Microbiologia, o envio automático de alertas para os diferentes serviços, a avaliação sistemática de taxas de incidência e indicadores predefinidos, criação de uma base de dados de microrganismos epidemiologicamente importantes, estatísticas de consumo de antibióticos, soluções alcoólicas e desinfetantes e a capacidade de criação de relatórios e estatísticas ad-hoc.
O gerente não informa o investimento específico nessa solução, já que ela é totalmente personalizada para cada estabelecimento de saúde, mas afirma que os riscos de alguma infecção hospitalar ocorrer caiu vertiginosamente com a utilização do sistema.
Fonte: TI INSIDE