Por Luisa Dâmaso
Semana Informática Nº 1047 de 02 a 08 de Dezembro 2011
Concebido em estreita colaboração com médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e de entidades privadas, para reflectir o mais possível a forma habitual de prescrição, o software distancia-se das ofertas semelhantes que existem no mercado. "Procurou-se que o ePM Rx não adicionasse complexidade ao acto de prescrição, mas sim que o tornasse mais simples, rápido e eficaz", garante Carlos Carvalho, consultor clínico da First.
O sistema pode estar acessível em qualquer computador, uma vez que não requer instalação, e permite, entre outras funcionalidades, a pesquisa instantânea de medicamentos com auto-complete, o registo de dados biométricos, de antecedentes e de alergias. Integra igualmente uma visão do histórico de prescrições, proporcionando a consulta de uma área de favoritos e a reutilização de prescrições anteriores.
De acordo com este responsável, a abordagem simples do ePM Rx deve-se precisamente a uma “filosofia de pesquisa baseada no Google e ao conceito de protocolos terapêuticos e de favoritos”.
O software encontra-se disponível em várias versões, com a particularidade de permitir a sua evolução para uma solução completa de gestão clinica administrativa. Para os médicos individuais, a First sugere o ePM Rx Light, totalmente gratuito, mas sem suporte incluído. A versão Light tem suporte opcional com um custo de 5 euros por mês (sem IVA). Nesta opção, o cliente tem acesso a uma linha de helpdesk para esclarecimentos de dúvidas ou resolução de problemas relacionados com a utilização da solução.
Na versão ePM Rx Advanced, a subscrição mensal é de 8 euros (sem IVA), estando incluídas nesta modalidade mais funcionalidades, como o registo de dados biométricos, alergias e antecedentes clínicos, o qual funciona como alerta no processo de prescrição, um sistema de protocolos e um perfil para administrativos, que permite registar previamente os dados dos doentes, interagindo com o perfil do médico.
Para as entidades colectivas, a First parametrizou o acesso ao ePM Rx Advanced segundo uma tabela de valores de subscrição em função do número de utilizadores e da frequência de utilização, tabela esta que começa nos 15 euros por mês (sem IVA).
“Apesar de disponível uma versão gratuita, sem suporte incluído, temos muitos clientes que optam por subscrever a aplicação, pois reconhecem que ter acesso a uma linha de helpdesk para esclarecimento de dúvidas e auxilio na resolução de problemas terá um impacto positivo na adopção do sistema”, avançou ao Semana Carlos carvalho.
De acordo com este responsável, a base de clientes inclui todo o tipo de instituições ligadas à prestação de cuidados de saúde, como clínicas, consultórios e médicos privados de todo o país e regiões autónomas.
Quanto ao que considera ser o principal atractivo da solução ePM Rx para as entidades, o consultor clínico declarou que há da parte da First uma preocupação que vai no sentido de que os sistemas de informação não sejam intrusivos. “Queremos que as nossas soluções auxiliem o médico no momento da prescrição”, afirmou. Os motivos para a muita procura da solução da First são vários, admitiu o consultor clinico, nomeadamente, a “insatisfação com outros sistemas, por dificuldade de usabilidade, lentidão dos sistemas e qualidade do suporte prestado”.
Carlos carvalho considera que o facto de a First deter a certificação da Qualidade NP EN ISO 9001:2008 no âmbito do suporte reflecte-se na satisfação dos clientes, que “reconhecem o profissionalismo e a qualidade do serviço”.
Para já, a First diz-se preparada para evoluir este sistema, integrando-lhe novos módulos clínicos. Está também disponível uma versão da ferramenta para a prescrição electrónica de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), uma vez que a prescrição deste tipo de análises e exames financiados pelo SNS passou a ser feito através de documento electrónico desde Setembro último. “Este módulo já existe e já está publicado na lista da ACSS, no entanto, é obrigatório apenas nos centros de saúde, IPSS e postos de empresa com convenções da ARS”, esclareceu. Mas apesar de não ser obrigatório, Carlos carvalho garante que faz todo o sentido os restantes médicos usufruírem de um módulo de prescrição electrónica de MCDT, completamente integrado com a prescrição de medicamentos.
Este sistema permite a prescrição de MCDT para os convencionados, mas também para os médicos que fazem requisições de exames na sua prática habitual. O facto de estar integrado na prescrição de medicamentos permite que através de uma única plataforma sejam pesquisados exames e medicamentos, da mesma forma que os protocolos podem incluir exames e/ou medicamentos. “Uma das mais-valias do sistema é a possibilidade de parametrizar templates das requisições de exames para os privados, para que o médico continue a utilizar os seus modelos”, remata Carlos Carvalho."